“MATRIX”
A Redacção de “O Meu Burgo” garante que tinha ponderado não fazer mais comentários à rocambolesca campanha laranja, até porque a amizade e o respeito que temos por certos membros do PSD local falam mais alto que o prazer da sátira. No entanto e como é costume dizer-se “os tipos metem-se a jeito”.
Vem tudo isto a propósito dos cartazes que a coligação PPD/PSD – CDS/PP lançou.
O fundo negro dos cartazes lembra certamente a tradição neo-realista do concelho. O que não deixa de ser curioso num partido de centro-direita-mas-a-apanhar-um-bocadinho-da-esquerda-moderada. Digamos que na atitude, o PSD faz lembrar o “velho e saudoso” MRPP, mas é anacrónico. Singularidades concelhias. É o neo-neo-realismo. Com tanto Neo entramos directamente no “Matrix” e na realidade virtual que aquele partido construiu.
Só na óptica da realidade virtual se explica o cartaz intitulado “Gestão Dolorosa”. A ideia, longe de ser original, tem a sua graça, mas a pintura fica logo estragada quando se acrescenta “Famílias – 3ª Idade – Acessos – Ambiente”. “Famílias” é um conceito tão vasto que serve para tudo sem dizer nada em concreto. Quanto à 3ª Idade, das duas uma: ou é uma gralha ou um tiro no pé. O historial aponta para a segunda hipótese. Quanto aos acessos só pode ser um ajuste de contas com o Governo anterior, que inspirado na “tanga”, chumbou os investimentos propostos. Já no ambiente, é de lembrar que foi o principal accionista da Simtejo (empresa encarregue de construir, por exemplo, a ETAR de Alverca), a Câmara Municipal de Lisboa do Dr. Pedro Santana Lopes (que apesar dos antigos ameaços de formação de um novo partido, continua a ser do PSD), que boicotou permanentemente a gestão da mesma. Certamente que a gestão do PS tem pontos fracos, mas porque é que o PSD nunca os descobre?
O segundo cartaz, intitulado “Pesarosa”, apresenta esta frase lapidar, esclarecida e apocalíptica (no sentido original da palavra): “Depois de 30 anos, é preciso acreditar”. Acreditar em quem? Em quem nas últimas eleições e depois de anunciar a vitória antecipada, foi copiosamente derrotado, tendo afirmado na altura e em público que “saberia retirar as devidas ilações desta derrota pessoal”?
O terceiro cartaz revela toda a classe, o bom gosto, a temperança e seriedade da campanha: “Polvorosa – depois de 30 anos é tempo de organizar”.
Desde já ficamos a saber que o Polvo é um animal desorganizado, o que não admira, com tantos tentáculos. Também é muito saboroso, quando bem cozinhado, pelo que a alusão ao polvo só pode ser uma preocupação pedagógica e ao mesmo tempo gastronómica, já que não nos parece plausível tratar-se de um trocadilho primário.
O melhor está reservado para o quarto cartaz: “Vagarosa – depois de 30 anos, é tempo de acelerar”
Será uma referência à velocidade com que o PSD muda de candidato? Ou um instinto suicida?
Caras lebres, tenham calma!
Vem tudo isto a propósito dos cartazes que a coligação PPD/PSD – CDS/PP lançou.
O fundo negro dos cartazes lembra certamente a tradição neo-realista do concelho. O que não deixa de ser curioso num partido de centro-direita-mas-a-apanhar-um-bocadinho-da-esquerda-moderada. Digamos que na atitude, o PSD faz lembrar o “velho e saudoso” MRPP, mas é anacrónico. Singularidades concelhias. É o neo-neo-realismo. Com tanto Neo entramos directamente no “Matrix” e na realidade virtual que aquele partido construiu.
Só na óptica da realidade virtual se explica o cartaz intitulado “Gestão Dolorosa”. A ideia, longe de ser original, tem a sua graça, mas a pintura fica logo estragada quando se acrescenta “Famílias – 3ª Idade – Acessos – Ambiente”. “Famílias” é um conceito tão vasto que serve para tudo sem dizer nada em concreto. Quanto à 3ª Idade, das duas uma: ou é uma gralha ou um tiro no pé. O historial aponta para a segunda hipótese. Quanto aos acessos só pode ser um ajuste de contas com o Governo anterior, que inspirado na “tanga”, chumbou os investimentos propostos. Já no ambiente, é de lembrar que foi o principal accionista da Simtejo (empresa encarregue de construir, por exemplo, a ETAR de Alverca), a Câmara Municipal de Lisboa do Dr. Pedro Santana Lopes (que apesar dos antigos ameaços de formação de um novo partido, continua a ser do PSD), que boicotou permanentemente a gestão da mesma. Certamente que a gestão do PS tem pontos fracos, mas porque é que o PSD nunca os descobre?
O segundo cartaz, intitulado “Pesarosa”, apresenta esta frase lapidar, esclarecida e apocalíptica (no sentido original da palavra): “Depois de 30 anos, é preciso acreditar”. Acreditar em quem? Em quem nas últimas eleições e depois de anunciar a vitória antecipada, foi copiosamente derrotado, tendo afirmado na altura e em público que “saberia retirar as devidas ilações desta derrota pessoal”?
O terceiro cartaz revela toda a classe, o bom gosto, a temperança e seriedade da campanha: “Polvorosa – depois de 30 anos é tempo de organizar”.
Desde já ficamos a saber que o Polvo é um animal desorganizado, o que não admira, com tantos tentáculos. Também é muito saboroso, quando bem cozinhado, pelo que a alusão ao polvo só pode ser uma preocupação pedagógica e ao mesmo tempo gastronómica, já que não nos parece plausível tratar-se de um trocadilho primário.
O melhor está reservado para o quarto cartaz: “Vagarosa – depois de 30 anos, é tempo de acelerar”
Será uma referência à velocidade com que o PSD muda de candidato? Ou um instinto suicida?
Caras lebres, tenham calma!
3 Comments:
Cartazes até têm 4 e pessoas?
Mas gostei dos "tiros no pé"...
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